O Curta de Fernanda foi um dos 11 filmes selecionados na 34ª Edição do Projeto Curta nas Telas - fruto de Convênio entre a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o Sindicato das Empresas Exibidoras do Rio Grande do Sul e a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul e Brasileira de Documentaristas (APTC – ABD/RS), cujo objetivo é divulgar a produção nacional de curtas-metragens, por meio de sua exibição no circuito de cinema de Porto Alegre. Em 33 Edições já foram exibidos 214 curtas de todo o Brasil.
A Espera, de Fernanda Teixeira (Rio de Janeiro, ficção, 15 minutos, cor, 35 mm , 2007) – Classificação 14 anos.
Sinopse: Cotidiano de um homem que aguarda o momento de sua morte acompanhado apenas por seu cão.
Ficha Técnica: Roteiro, Direção, Produção e Montagem – Fernanda Teixeira / Assistente de direção – Bruno Garotti / Direção de fotografia – Haroldo Borges / Direção de arte – Fernanda Teixeira e Yves Moura / Som – Raphael Vieira / Direção de produção – Malu Tostes / Elenco – Miguel Rosenberg.
Selecionado na Programação da Semana da Crítica – Festival de CANNES 2008.
Abaixo texto de Aristeu Araújo, Revista Moviola (02/06/2008)
O curta-metragem conta a história de um idoso à espera da hora de morrer. É um filme calcado em seu cotidiano, que acompanha as pequenas coisas que o homem faz em seu dia-a-dia. A câmera não o deixa, fica colada no personagem quase a totalidade do filme.
Seus dias transcorrem em total solidão, a exceção da presença de seu cachorro, único ser com o qual ele se relaciona. Há, no entanto, outros bichos espalhados pela casa, mas são animais mortos, empalhados.
No filme, pequenas coisas acabam tomando grande força simbólica, como a relação do livro que o personagem lê com a história que está sendo contada. O velho caçador inicia o filme lendo Cem anos de solidão, do nobel Gabriel García Márquez. Quando o conclui, dias depois, toma a grande decisão do filme, a de concluir com sua rotina.
O curta de Fernanda Teixeira também trabalha com um quê de estranhamento, que pode ser muito bem lido como uma homenagem ou referência à obra que o velho lê. Além dos seus bichos empalhados, que dão à casa um tom fantasmagórico, há um caixão que é diariamente cuidado pelo personagem. Ele o lustra como se tratasse de um velho móvel de sua residência, com naturalidade, zelo. Nas manhãs, lê o obituário e risca de sua antiga agenda, os que já morreram.
SALA P. F. GASTAL GRADE DE HORÁRIOS Semana de
Terça-feira (23 de junho)
17h – A Espera (
19h – A Espera (
Quarta-feira (24 de junho)
15h – Os Palhaços (
17h – A Espera (
19h – A Espera (
Quinta-feira (25 de junho)
15h – A Espera (
17h – A Espera (
19h – A Espera (
Sexta-feira (26 de junho)
15h – A Espera (
17h – Os Palhaços (
19h – A Espera + Poucas e Boas (
Sábado (27 de junho)
15h – A Espera (
17h – Melancolia – 1ª parte (4 horas, com intervalo de 30 minutos)
Domingo (28 de junho)
15h – A Espera (
17h – Melancolia –2ª parte (4 horas, com intervalo de 30 minutos)
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